quarta-feira, 9 de abril de 2014

25 de Abril e perímetros



Num outro ano, utilizámos símbolos do 25 de Abril para o cálculo de perímetros. Os alunos (do 5º ano) foram organizados em grupos.

Os  grupos utilizaram cordeis e pequenos alfinetes, os quais fixavam o cordel na fronteira de cada símbolo.

Mediam, depois, o comprimento do cordel utilizado e registavam-no numa tabela.








Os trabalhos foram expostos na sessão com Encarregados de Educação.

25 de Abril, Matemática e Formação Cívica

No grupo de Matemática, comemorávamos o 25 de Abril com actividades sobre o assunto.

Transcrevo uma ficha utilizada em Matemática e/ou Formação Cívica, já não consigo recordar...


" O 1.º SINAL para o Movimento das Forças Armadas foi dado às 22h 55min. do dia 24 de Abril.

João Paulo Dinis: “Convosco, Paulo de Carvalho com o Eurofestival 74 «E Depois do Adeus».” Era o primeiro sinal para o início das operações militares a desencadear pelo Movimento das Forças Armadas.

A 2.ª SENHA foi TRANSMITIDA PELA RÁDIO RENASCENÇA, às 0h 20min. do dia 25.

Pela voz previamente gravada de Leite de Vasconcelos, através dos potentes emissores da Rádio Renascença, ouve-se a primeira quadra da canção Grândola, Vila Morena, de José Afonso.
 
                Dentre as diversas unidades militares que marcharam para Lisboa, teve grande destaque a Escola Prática de Cavalaria em Santarém. Quase todos os militares avançaram para Lisboa às 3h 30 min., sob o comando do Capitão Salgueiro Maia. Chegaram a Lisboa por volta das 5h 30min.


1.       Calcula quanto tempo passou desde o começo da primeira senha até ao início da segunda senha.

 

2.       Observa a escala do mapa.

Calcula a distância real de Santarém a Lisboa.

 

Calcula a velocidade (média) a que a coluna da Escola Prática de Cavalaria se deslocou de Santarém a Lisboa. "
 
Esta ficha teve como objectivo da professora ser um sustentáculo para um debate sobre o 25 de Abril e aplicar, na prática, conhecimentos sobre o tempo, espaço e escalas (alunos do 6º ano de escolaridade).

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O ministro Ke-Rato


A long time ago, ainda cá não estava o Ministro Ke-Rato, ou andava em coagitações de como destruir a inovação na escola pública, eu reflectia:


Em 31 de Março, realizou-se mais um Conselho Nacional da APM. É sempre uma oportunidade para revermos amigos, trocarmos ideias, reflectirmos...

A Reorganização Curricular era um dos pontos (fortes) da ordem da trabalhos.

Trabalhámos em pequeno grupo, discutimos, pusemos dúvidas, rascunhámos ideias ...

Fui esquematizando as opiniões que iam surgindo da nossa discussão.

No final, debate no grande grupo.

Outros pontos da ordem de trabalhos. Final da reunião. Regresso a casa.

Passado algum tempo, decidi melhorar o meu esboço. Sempre gostei de traduzir ideias por esquemas, antes de alinhavar texto! Entendo que os esquemas conceptuais ajudam o raciocínio e a posterior composição da escrita.

Nesse lectivo, funcionaram, experimentalmente, na minha escola, três grupos de Estudo Acompanhado, tendo eu feito parte de uma das equipas.

Como não podia deixar de ser, trabalhámos os esquemas (nas Ciências, na História, na Matemática).

E eis que estou, de novo, a remeter para uma das questões que abordámos no Conselho Nacional: “Que papel pode/deve ter a Matemática nestas novas áreas (curriculares não disciplinares)?” A Matemática, assim, como todas as outras disciplinas, devem acompanhar o “programa” das NAC (Novas Áreas Curriculares) definido no Projecto  Curricular de Escola e concretizado, posteriormente, no Projecto Curricular de Turma. As equipas coordenadoras das NAC e os professores das disciplinas procurarão desenvolver, em conjunto, as competências transversais, seleccionando estratégias, preparando materiais, calendarizando actividades, avaliando o resultado da sua actuação conjunta.

Igualmente - e “as palavras são como as cerejas” (e se aqui as há boas, nesta zona do Fundão e da Serra da Gardunha!) - já estou a apontar para outra das questões orientadoras do debate no Conselho Nacional: “Projecto Educativo / Projecto Curricular de Escola / Projecto Curricular de Turma - Como articular?” O Projecto  Curricular de Turma tem de ser uma individualização do Projecto Curricular de Escola, adaptado às características de cada turma. Será redundante, creio, afirmar a necessidade de conhecer pormenorizadamente cada turma, uma vez que, tem sido habitual, nestas andanças sobre a Reorganização Curricular, defender a importância nuclear dos Conselhos de Turma para o desenvolvimento deste processo.

E, como se elabora o Projecto Curricular de Escola?

Sendo um projecto terá de contemplar objectivos, estratégias, avaliação. Os seus objectivos deverão ser definidos a partir dos do Currículo Nacional (que não se sabe ainda muito bem quais são mas que, com boa vontade, podemos inferir do Perfil do Aluno, das Competências Transversais e das Competências Essenciais (afinal, o que é a autonomia?)) conjugados com os do Projecto Educativo. Será, então, possível “valorizar” competências relacionadas com as metas do Projecto Educativo e escolher as componentes locais do currículo, decidir sobre a oferta curricular da escola, as disciplinas que deverão preferencialmente integrar as Novas Áreas Integradoras (ou Curriculares), os projectos a desenvolver na Área de Projecto...

Tem-se ouvido falar muito das NAC, tem-se discutido muito sobre a distribuição da carga horária pelas diferentes disciplinas. Poderá, até, parecer que a Reorganização Curricular dependerá, quase exclusivamente, destes factores, dos blocos e dos meios blocos, dos noventa ou dos quarenta e cinco minutos. No entanto, sem descurar aqueles aspectos, ela deverá ser bem mais profunda. As disciplinas terão, por exemplo, de analisar o respectivo contributo para as competências gerais e transversais.
A escrita de um relatório, em laboratório de Matemática (possível  nos 2º e 3º ciclos, e porque não até no 1º?), contribuirá para o desenvolvimento da expressão escrita, assim como o debate, em grande ou pequeno grupo, para a aceitaçã de opiniões diferentes e para o aperfeiçoamento de expressão oral
A exploração de alguns conteúdos permitirá contribuir para desenvolver o sentido crítico das crianças (pegar em folhetos de supermercado, trabalhar os arredondamentos e “desmontar” algumas técnicas de marketing será uma experiência de aprendizagem que ajudará a formar cidadãos mais conscientes).

Bem, “as palavras são como as cerejas”... Em demasia, podem fazer mal!

Esta Reorganização Curricular pretende (e pode) provocar mudanças na Escola mas não tenhamos dúvida que só conduzirá ao sucesso, se as escolas contarem com os recursos humanos e materiais necessários à sua implementação. Caso contrário, quedar-se-á por não ser mais que uma “Gestão Flexível dos Horários” e isso seria o pior que lhe poderia acontecer. Por isso, será preciso dar-lhe tempo para crescer, para reflectirmos e
... para comer cerejas.
 
O Ke-Rato tem, e sempre teve um ódio, abismal a toda a esta ideologia de educação. Publicou os piores programas de Matemática de que há memória. è preciso um gato para este Crrrato.
 
Em memória do meu querido Paulo Abrantes que tanto lutou pela Educação Matemática.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Clube de Matemática e Jogo




Os computadores são óptimos, facilitam imensas tarefas, ajudam a desenvolver conhecimento mas, por vezes, pregam-nos partidas (por falta de cuidados nossos em não fazermos gravações de segurança). Hoje, descobri que tinha perdido imensos materiais de trabalho e planificações. Com tempo, talvez os consiga refazer, a partir de prints.

As fotografias do Clube de Matemática e Jogo escaparam.


A escola participou desde o 1º Campeonato de  Jogos Matemáticos, em Lisboa.
Mas mais importante que a participação no Campeonato, era a motivação que os alunos tinham pelo Clube. Era o chamar alunos que diziam não gostar da Matemática.


Fomos muitos os professores a participar no Clube.
Para além dos jogos selecionados, em cada ano, para o Campeonato, os alunos podiam jogar outros jogos de tabuleiro existentes na escola e/ou em computador.







Os alunos eram selecionados num Campeonato da escola e ganharam algumas medalhas nos Campeonatos Nacionais.



 
No Campeonato de Évora, um dos alunos participantes ficou em 4º lugar nacional (já não me lembro em que jogo). Os olhos do menino encheram-se de lágrimas mas, depois, disse " o mais importante foi participar".


 


O Clube continua a funcionar.
 


sábado, 19 de outubro de 2013

Frases


Dentre as frases que guardei, há uma que não posso deixar de divulgar:
AS EXPRESSÕES NUMÉRICAS SÃO O SUMÁRIO DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS.

Daniela

11/03/09

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O eduquês



 
As actividades que constam desta ficha foram primeiro trabalhadas pelos alunos e posteriormente resolvidas numa das sessões que anualmente os professores da escola e alguns alunos realizavam com os encarregados de educação, sessões essas já referenciadas neste blogue.
 
  
A idade dos cães

É costume ouvir-se dizer que a idade de um cão equivale a sete anos de uma pessoa. A realidade não é bem assim.

 
Actividade 1

As duas tabelas seguintes representam o equivalente “humano” da idade dos cães.

Preenche as tabelas e descobre com que idade “canina” um cão grande e um cão pequeno têm a mesma idade “humana”.

 
Tabela 1 - Cães grandes

Idade de um cão grande em anos
0
1
2
3
4
5
6
7
 
 
 
 
 
Idade “humana” equivalente
0
12
19
26
 
 
 
 
 
 
 
 
 



Tabela 2 - Cães pequenos

Idade de um cão pequeno em anos
0
1
2
3
4
5
6
7
 
 
 
 
 
Idade “humana” equivalente
0
15
25
30
35
 
 
 
 
 
 
 
 

 


Resposta: Um cão grande aos ………….. anos tem a mesma idade “humana” que um cão pequeno de ………….. anos.

 

Actividade 2

O pai do Pedro tem 35 anos.

Daqui a quanto tempo é que a sua idade será igual à de um cão Serra da Estrela recém-nascido? (observa a tabela 1).

 

 

 

 

Resposta: Daqui a ………….. anos o pai do Pedro terá a mesma idade que o Serra da Estrela recém-nascido.

 

 

Actividade 3 (observa as tabelas 1 e 2)

O que podes dizer do envelhecimento comparativo de um cão grande e de um cão pequeno?

 

 
 
 

 

Actividade 4 (observa as tabelas 1 e 2)

Se um cão grande e um cão pequeno nasceram no mesmo dia, quando é que o cão pequeno será 10 anos “humanos” mais novo que o grande?

 

 

 
E a idade dos gatos?

 
Actividade 5

 
Com auxílio da tabela que segue, descobre qual a idade de um gato a que corresponde uma idade “humana” de 40 anos.


Tabela 3 - Gatos

 
Idade de um gato em anos
0
1
2
3
4
5
6
7
 
 
 
 
 
Idade “humana” equivalente
0
16
24
28
32
 
 
 
 
 
 
 
 

 


 

 


 Os alunos ajudam os encarregados de educação a realizar as actividades, numa interação que veio a mostrar-se muito positiva. As calculadoras eram autorizadas porque o objectivo da actividade não era o cálculo.
Ai se o Crato visse isto: "lá vem o eduquês", epíteto que, antes de ser ministro, aplicava aos professores de uma certa Associação de Matemática. Depois, fez as Metas Curriculares, estilo retro, e é o que se está a ver.